Tratamentos medicamentosos

Vamos falar sobre os principais medicamentos utilizados nas alopecia, entretanto existem outros fármacos que podem ser utilizados ou associados.

 

Finasterida

 

Atua inibindo a enzima 5-alfa-redutase, bloqueando a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona (DHT) — hormônio que, em pessoas predispostas, atrofia os fios, causando a perda de cabelos.

 

O uso da Finasterida possibilita que os fios que já estavam em regressão, curtos e finos, voltem a ficar mais saudáveis, grossos e fortes. Como todo medicamento, possui efeitos colaterais, por isso é imprescindível a avaliação médica para prescrição e acompanhamento.


Dutasterida

 

A Dutasterida é um medicamento com propriedades antiandrogênicas que inibe uma enzima que converte a testosterona em DHT (dihidrotestosterona), uma espécie de “testosterona mais forte”. Quando fazemos este bloqueio, existe uma diminuição do efeito dos hormônios masculinos nos folículos capilares.

 

O uso do fármaco melhora a densidade e a raiz do cabelo ao retardar a miniaturização do folículo piloso, além de ajudar a diminuir a queda capilar.

A Dutasterida possui aprovação em bula para o tratamento da calvície masculina e é um medicamento “off label” para o combate da calvície feminina, sendo que a mulher não deve engravidar durante o tratamento. O uso em mulheres em idade fertil deve orientado por um dermatologista especialista.

 

Minoxidil

 

Foi a primeira medicação aprovada pelo FDA, agência federal do departamento de saúde dos Estados Unidos, para uso no tratamento da queda capilar. O Minoxidil tem como principal mecanismo de ação a vasodilatação, ou seja, o aumento do fluxo sanguíneo nas áreas onde a loção é aplicada.

 

Por conta disso, o fármaco provoca aumento da fase de crescimento capilar e com o passar dos meses, também favorece o engrossamento dos fios, deixando os cabelos com mais volume.

 

O crescimento dos cabelos deve ser esperado por 8 a 12 meses. O tratamento deve ser contínuo: cessando as aplicações, a queda retorna.

 

Minoxidil oral

 

O minoxidil é um medicamento utilizado inicialmente para o tratamento da hipertensão. No entanto, no final da década de 1970, um efeito colateral foi observado: o aumento de pelos no corpo. E assim surgiu a versão tópica do fármaco voltada para a calvície.

 

Apesar da loção ser largamente usada pelo mundo, não é todo paciente que enxerga bons resultados com a estratégia. Com isso, alguns médicos começaram a optar pelo minoxidil em comprimido, prescrito em baixíssimas doses. Essa também é uma ótima alternativa para aqueles que têm dificuldade na adesão à aplicação tópica. O minoxidil oral é um medicamento altamente eficaz porém deve ser supervisionado e orientado por um médico especialista

Para o tratamento da calvície, o medicamento oral deve ser utilizado em doses baixas.As doses variam entre homens e mulheres segundo a recomendação do dermatologista tricologista .

Bicalutamida

A Bicalutamida é um antiandrogênico indicado para o tratamento da alopecia androgenética em mulheres. Os resultados do tratamento com o fármaco geralmente é observado após 6 meses. Pode ser usado de forma oral ou injetável .

Apesar de sua eficácia e segurança, seu uso é “off-label” e sempre deve ser feito com supervisão médica. Além disso, a bicalutamida pode ser utilizada no tratamento da oleosidade excessiva , seborreia e acne nas mulheres com excelentes resultados.

 

Baracitinib

 

O Baricitinib é o primeiro medicamento para o tratamento da alopecia areata grave aprovado pelo FDA, agência federal do departamento de saúde dos Estados Unidos.

O fármaco é capaz de alterar a resposta imune do paciente. Seu mecanismo de ação envolve o bloqueio seletivo e reversível de uma enzima chamada Janus kinase (JKA), o que reduz a atividade inflamatória no folículo piloso e, assim, permite a recuperação parcial ou total do cabelo em uma porcentagem significativa de pacientes com alopecia areata.